( Esqueci-me de dizer durante a noite, após a Apresentaçãos das Tribos no " Souto", recebi uma visita de umas velhas amigas que conheci num Regional , a Inês, a Catarina e a Vera)
Acordei. O dia 2 de Agosto foi um dia dedicado a construções. Acordei e espalhei a boa nova aos meus colegas , João Nuno, o meu " colega de quarto" na tenda militar, andava a fazer ruídos com a boca semelhantes ao barulho de "tocar ao bicho". De manhã, disse ao Tiago e ao Bruno - " O João Nuno andou a tocar ao bicho dentro da tenda". Era mentira, mas o barulho era suspeito. Nesse dia não fui eu a ir buscar a comida a " cantina" do campo, e ainda bem.
A única construcção a fazer por patrulha era uma mesa, mesa essa que ficou feita com um tripé, amarrada a uma arvore enorme . Ficou mais ou menos bem feita, dava para a gente comer nela, e depois até mete-mos um oleado que nos deu bastante jeito por causa da chuva. Felizmente, porque isso é sinal de convivío, nas " horas mortas", costumava bambolear por aquele campo lindo, passando mais tempo na mesa das açoreanas e a cortir com o pessoal do que na minha própria mesa. Um elemento , ou vários, acabamos por ser todos numa fase final, ajudámos a fazer um pórtico de entrada no nosso campo, um pórtico da Tribo Visigótica, que ficou bem fixe.
Já nao me lembro o que era o almoço, talvez fosse massa a bolonhesa, muito bem feita pelo chef de Patrulha, Miguel.
A tarde correu bem, até que a uma certa altura , os " 4 da Vida Airada", o Jelito, o Tiago, o Renato e eu , resolvemos ir ver as vistas fora de campo. As casas de banho portáteis ficavam mesmo a nossa frente, tinhamos chuveiros nas duas pontas do campo e meio do campo tinhamos torneiras para fazer-mos a higiene oral e lavar a loiça. Fomos até ao SMU, porque cada um precisava de algo para o uniforme ( eu precisava de um pin para o chapéu). Estava uma fila enorme, alentejanas á frente, e um finlandês atrás de nós. Já nos conheçemos a muito tempo e temos a cumplicidade de nos rir-mos a brava todos,de vez enquanto,mas daquela vez não podiamos rir muito, muito alto, porque senão dava muita bandeira. Eu fartei-me de rir com o sotaque engraçado das alentejanas , falando " Eu comi duas Tangirinas" e por trás passado um bocado o finlandês se esqueceu que ninguém o compreendia, e disse qualquer coisa, o que tornou ainda mais complicado fazer passar despercebido o nosso sorriso alegre. Entretanto, em campo, perdemos um insólito. Deixaram que a caixa do material começasse a arder e depois meteram-lhe o extintor em cima, fazendo uma borrada fenomenal, que nao só salvou a caixa mas também a encheu de um pózinho do extintor que deu algum trabalho a limpar. Passaram-se mais coisas. Tirei fotos , que hoje estao na minha secretária, para que eu possa dizer " Boa Noite" todas as noites, até ao dia do reencontro.
Jantámos e a seguir ao jantar fomos para o "Souto", desta vez para nos conhecermos um pouco melhor, uma " velada", como disse o chefe david. A seguir fizemos jogos muito engraçados, um que ja nao me lembro o nome e outro que era o "Jogo do Veado", jogo esse que consistia em apanhar uma pessoa de olhos vendados sem fazer barulho. Muito interessante.
Então a seguir a este momento de ternura, juntámo-nos quase todos ao pé de uma tenda, e cortimos, cantamos musicas e convivemos. Uma das raparigas cantava muito bem. E tambem tocava (guitarra) lindamente. Momentos a nunca esquecer...
não te esqueceste mesmo de nada (:
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